Conheça 9 indicadores de estoque essenciais para uma boa gestão do seu negócio

Conheça 9 indicadores de estoque essenciais para uma boa gestão do seu negócio.


Indicadores de estoque são informações que medem de forma qualitativa e quantitativa o desempenho dos processos da gestão de estoque.


O que são indicadores de estoque?


Indicadores de estoque são informações que medem de forma qualitativa e quantitativa o desempenho dos processos da gestão de estoque .


O ponto principal ao escolher um indicador é definir inicialmente, quais as informações devem ser monitoradas para garantir a excelência do processo. São resultados que fornecem uma visão realista das estratégias implementadas, onde estão os principais gargalos e quais os planos de ação necessários para corrigir possíveis problemas.


Dessa forma, consegue-se mensurar periodicamente a qualidade do processo e os resultados obtidos.


Por que acompanhar os indicadores de estoque?


O uso de indicadores permite que o controle das mercadorias, produtos ou insumos, não seja realizado com base em suposições que podem levar a decisões equivocadas. Além disso, o acompanhamento periódico traz diversos benefícios para a empresa, entre elas:


Atendimento eficaz – Ao ter real noção de como funciona o estoque da sua empresa com base nos indicadores analisados, você consegue proporcionar melhor experiência ao cliente, que sempre encontrará disponível os produtos que desejar. Maior controle dos custos- é possível uma visão realista dos custos envolvidos para manter o estoque, período necessário para reposição do produto, produtos danificados e outras despesas que devem ser controladas rapidamente. Melhor atendimento de demandas sazonais: para empresas do varejo por exemplo, indicadores permitem uma análise mais aprofundada do comportamento do consumidor e em quais períodos específicos são mais suscetíveis à venda de determinadas mercadorias. Isso evita despesas desnecessárias.


Com que frequência os indicadores de estoque devem ser revisados?


É preciso estabelecer uma periodicidade conforme os critérios de gestão da empresa. Para informações críticas, que impliquem cunho financeiro, operacional ou em um risco alto, a periodicidade de avaliação deve ser mais frequente. Por exemplo, defina o que será mensurado semanalmente, mensalmente ou trimestralmente.


Sempre ao analisar os Indicadores, o gestor precisa ser capaz de apurar se os resultados estão adequados para o alcance das metas. Caso não, é o momento de identificar junto com a equipe a causa-raiz do problema e o que deve ser feito de imediato para reverter este quadro. Não abra mão de realizar testes para analisar o que mais se adequa a este processo.


Quais os principais indicadores da gestão de estoque?


Há inúmeros indicadores de estoque que podem contribuir para uma alta performance na gestão, porém separamos alguns que se bem implementados, já irão proporcionar uma visão macro do desempenho da operação.


1. Giro de estoque.


O giro de estoque é um indicador que tem como objetivo apontar a circulação de mercadorias dentro de um armazém . Assim, é possível verificar se a gestão de estoque está sendo realizada de forma eficiente, para que não haja excesso nem falta de produtos que prejudiquem a operação da empresa.


O giro de estoque também serve para a empresa analisar:


se os cronogramas de compras estão atendendo às necessidades; se há excesso de estoque e é necessário realizar uma promoção por exemplo; se os volumes de fabricação estão condizentes para abastecer a demanda do mercado;


Como calcular.


O giro de estoque pode ser calculado pela seguinte fórmula:


Giro de estoque = Total de vendas / Volume médio de estoque.


Por exemplo, se o volume médio mensal no estoque de um supermercado é de 4 mil pacotes de arroz e são vendidos 12 mil/ano, o total do giro de estoque é 3. Ou seja, o estoque foi completamente renovado 3 vezes.


2. Taxa de retorno.


A taxa de retorno identifica o volume de produtos que foram devolvidos ao armazém depois de finalizada uma compra. Quanto mais próxima de zero for esta métrica, melhor, afinal produto devolvido impacta em mais custos com armazenagem, troca, e também traz reflexos negativos na experiência do cliente com a sua marca.


Como calcular.


A taxa de retorno pode ser calculada utilizando a seguinte fórmula.


Taxa de retorno = (itens retornados / itens vendidos) x 100.


Vamos a um exemplo prático. Em uma loja de roupas, foi constatado que 10 camisetas de determinado modelo foram devolvidas, das 60 que foram vendidas no mês. Neste caso, basta calcular.


Taxa de retorno= (10/60) x 100 = 16,6% é o percentual de camisetas devolvidas.


Com este número em mãos, você pode rastrear por que os produtos estão sendo devolvidos. Lembre-se que o custo da devolução não deve ser maior que a margem de lucro deste item e caso isso ocorra, considere retirá-lo de linha.


3. Tempo de reposição.


O tempo de reposição, ou lead time , é um indicador que avalia o período necessário para um produto chegar ao estoque e estar disponível para venda.


É importante estar atento a este número, pois é por meio dele que você saberá o tempo exato que um produto levou entre ser comprado e estar disponível para comercialização, ou seja, é um indicador que impacta diretamente na experiência de compra do cliente.


Como calcular.


Para calcular o tempo de reposição, aplique a seguinte cálculo:


Tempo de Reposição= Tempo de emissão + tempo de separação do pedido + tempo de entrega.


Por exemplo, sua empresa levou 2 dias para emitir um pedido, 3 dias para separar o mesmo e 7 dias para entregá-lo ao cliente final. Nesse caso, o tempo de reposição do estoque fica em 12 dias.


4. Perdas no estoque.


Ao acompanhar esse indicador você consegue identificar a quantidade perdida durante o armazenamento incluindo furtos ou produtos danificados. Por isso é fundamental monitorá-lo periodicamente para evitar prejuízos.


Como calcular.


Para calcular a perda de estoque, considere o seguinte cálculo:


Total de perda de estoque = Valor da perda / Valor líquido da venda.


O valor da perda pode ser identificado multiplicando o preço de custo de produto pelo número de produtos perdidos.


Já o valor de venda pode ser identificado aplicando o cálculo.


Valor da venda = (Número de produtos vendidos x Preço de venda) -Percentual de imposto sobre a venda%)


Vamos a um exemplo prático:


Em uma loja de informática foi contabilizado que em determinado período havia 150 mouses de computador no estoque. Cada unidade era vendida aos seus clientes a 30 reais e o custo da mercadoria era de 15 reais. Das 150 unidades iniciais, foram vendidas 120 e foram perdidas 30, por conta de problemas no armazenamento.


Com base na fórmula acima, vamos ao cálculo:


Total de perda do estoque= (30 x15) / (120 x 30 – impostos) = 450/2.880= 0,156.


Para obter o resultado em percentual, multiplique por 100. Em nosso exemplo, o total de perda de estoque é de 15,6%.


5. Ruptura de estoque.


A ruptura de estoque avalia a falta de produtos disponíveis para comercialização.


A ruptura no estoque pode decorrer por diversos fatores ou mesmo um conjunto deles. Os mais comuns são: fornecedores não atenderam a demanda no prazo estabelecido, falta de planejamento para uma estratégia assertiva de compras ou falta de organização no gerenciamento do estoque.


Como calcular.


Para calcular este indicador, você pode considerar o seguinte cálculo:


Ruptura de estoque = Total dos itens sem estoque/ total de produtos estocados x 100.


(Ao multiplicar por 100 você encontra o percentual de ruptura)


Vamos a um exemplo prático:


Uma loja de roupas e acessórios verificou que há 15 produtos em falta e 150 disponíveis. Ao aplicar o cálculo temos:


Ruptura de estoque= 15/ 150 x 100= 10.


Ou seja, o percentual de ruptura do estoque é de 10%. Atente-se que quando menor o índice, melhor para a empresa. Conhecendo este número, cabe uma avaliação de onde está o gap (se é no planejamento, no fornecedor ou outro motivo) e pensar em ações que diminuam este percentual.


6. On Shelf Availability – OSA.


O On Shelf Availability auxilia na identificação dos principais motivos que levaram um produto a faltar no estoque e que consequentemente não está disponível para venda ao cliente. A análise deste indicador leva em conta alguns aspectos, entre eles:


Histórico e expectativa de vendas; Dados sobre a sazonalidade do produto (mês, dia de semana com maior procura).


Vale ressaltar que quando faltam produtos nas prateleiras a probabilidade é de ter ocorrido uma falha na logística de entrega ou uma falha no ponto de venda que não fez o pedido em tempo e/ou na quantidade correta. Com essa informação em mãos, a empresa consegue melhor equilibrar o nível de estoque, assim como organizar a distribuição nos pontos de venda.


7. Ponto de pedido.


O ponto de pedido indica o momento certo para realizar compras e repor o estoque . Ter essa informação correta evita que você abasteça o estoque antes do tempo, resultando em excessos de produtos e maior custo com armazenagem, assim como evita riscos com a falta de produto nos pontos de venda.


Como calcular:


Para calcular este indicador, aplique o seguinte cálculo:


Ponto de pedido = estoque mínimo + (consumo médio x lead time)


Acompanhe este exemplo prático:


Imagine que a sua empresa venda fones de ouvido da marca Y. São vendidas 5 unidades deste produto diariamente. Seu fornecedor leva 10 dias para enviar uma nova remessa ao seu armazém. Ao considerar que o estoque mínimo seja de 50 itens, o cálculo ficaria da seguinte forma:


Ponto de pedido = 50 + (5 x 10) = 100.


Este número indica que quando seu estoque estiver com 100 produtos do fone de ouvido da marca Y é o momento ideal de realizar o pedido ao fornecedor.


8. Capacidade de estoque.


A capacidade de estoque permite identificar a capacidade máxima de espaço para estocar suas mercadorias.


É recomendado que o local de armazenamento seja bem aproveitado e dessa forma evitar-se despesas desnecessárias com um espaço maior do que realmente se precisa.


Como calcular.


Para obter este indicador, o cálculo é simples.


Verifique quantas prateleiras (ou boxes) estão vazias no seu armazém; Identifique o número de prateleiras que estão sendo utilizadas.


Com este número em mãos, você já saberá se o espaço físico está sendo mal aproveitado, por que este problema está ocorrendo e as medidas necessárias para obter maior eficiência.


9. Custos de retenção.


O custo de retenção mensura o custo total de armazenamento e manutenção de estoque de produtos que não foram vendidos em determinado período.


Com este indicador, o gestor tem uma visão clara de quais produtos estão acarretando mais prejuízo que lucros para a empresa, ou até mesmo pensar em ações promocionais para reverter este cenário.


Tais despesas podem incluir todo o material necessário para manter o armazém funcionando e mão-de-obra necessária, além de produtos danificados.


Como calcular.


Para obter este Indicador é necessário somar todos os custos que compõe o armazenamento.


Você pode incluir nesta somatória despesas como IPTU, energia, maquinário, perdas, furtos, estoque parado, etc.


Conclusão.


Indicadores de estoque permitem medir de forma qualitativa e quantitativa o desempenho da gestão do estoque da sua empresa.


Um acompanhamento periódico permite o entendimento aprofundado das demandas sazonais e do comportamento do cliente, além de um controle preciso dos custos com armazenamento.


Entre diversas opções de indicadores a serem analisados podemos destacar giro de estoque, taxa de retorno, tempo de reposição, taxa de retorno, perdas, ruptura no estoque, ponto de pedido, custo de retenção e On Shelf Availability (OSA).


E ter fornecedores qualificados para atender a empresa no que tange ao cumprimento de prazos, atendimento de demanda e qualidade de entrega é essencial para um controle de estoque eficiente.


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