Opções binárias rui oliveira.
29 de Janeiro é o dia da visibilidade trans no Brasil. Nesta data no ano de 2004, um grupo de pessoas trans (mulheres trans, homens trans e travestis) ocuparam o Congresso Nacional para participar do lançamento da campanha “Travesti e respeito”. Tornando-se um marco na luta em defesa, garantia de direitos e enfrentamento à transfobia no nosso país. Desde então, o movimento social de pessoas trans vem se fortalecendo e conquistando mais espaço, se articulando politicamente e produzindo resistências em todas as frentes de lutas sociais.
Multimidia.
Muniz defende subsídios da Prefeitura, do Governo e da União para evitar aumento na passagem de ônibus.
O presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Carlos Muniz (PTB), criticou o possível aumento na passagem de ônibus na capital baiana e defendeu um diálogo entre prefeitura e governo do estado para subsidiar parte do valor. Em entrevista ao podcast Projeto Prisma, do Bahia Notícias, o presidente da Casa afirmou que a qualidade do transporte público de Salvador não justifica o reajuste na passagem. “Eu sou contra esse reajuste, o que você oferece ao povo de Salvador para poder dizer que a passagem tem que ser reajustada? Pelo contrário, você vê ônibus sujos, sucateados. Ou você melhora o transporte público ou você não pode cobrar do povo. Todo mundo tem que sentar, governo municipal, estadual e federal, e ver o que pode ser feito para o povo”, disse Muniz.
Entrevistas.
Parte dos precatórios do Fundef deve ser usada para construção de novas escolas, diz Jerônimo.
Foto: Nicole Angel / Bahia Notícias.
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou, na última sexta-feira (27), em entrevista ao Bahia Notícias em Brasília, que parte dos recursos dos precatórios do Fundef deve ser utilizado para a construção de novas escolas na Bahia. Durante o governo de Rui Costa (PT), foi decidido que apenas parte das verbas seriam repassadas para professores e demais servidores da Educação, mas ainda permanecia a dúvida sobre o restante dos valores.
Na boca do Z-2, Vitória enfrenta o Jacobinense no Barradão mirando arrancada rumo ao G-4 do Baiano.
Foto: Enaldo Pinto/ Ag. Haack/ Bahia Notícias.
O Vitória entra em campo, nesta quinta-feira (2), tendo de lidar com situações conflitantes. O time está na boca da zona de rebaixamento do Campeonato Baiano - é o oitavo colocado, com quatro pontos - e ao mesmo tempo busca uma arrancada rumo ao G-4 da competição, que garante classificação à semifinal. O adversário da vez é o Jacobinense, no Barradão, às 19h15, pela sexta rodada.
O quarto colocado, neste momento, é o Barcelona de Ilhéus, com oito pontos. O Bahia de Feira abre a zona com quatro, mesmo número do Leão, que vem de derrota no clássico contra o Bahia disputado no último domingo (29), por 1 a 0.
O time treinado por João Burse ainda não encaixou na temporada e demonstrou, até aqui, dificuldades mesmo diante de adversários inferiores no papel. Perdeu por 4 a 1 para o Itabuna, em casa, e por 3 a 1 para a Juazeirense, fora, empatou com o Bahia de Feira em 1 a 1, fora, e venceu o Doce Mel por 3 a 0, em casa.
Os números dão ao Leão o status de pior defesa do Baianão, ao lado do Doce Mel, com 9 gols sofridos. O aproveitamento na competição é de 26,6%.
Para o jogo contra o Jacobinense, Burse deve ter a volta do centroavante Léo Gamalho, que se recupera de um corte no antebraço. O atleta treinou normalmente durante a semana e o médico do clube, Marcelo Cortes, colocou a participação dele no confronto como uma possibilidade. Na ausência de Léo, o titular vinha sendo o colombiano Santiago Tréllez.
Um desfalque confirmado é o do volante Léo Gomes, suspenso após levar três cartões amarelos.
Do lado do Jacobinense, o objetivo é fazer história. Fundado em 2021, o clube faz sua primeira participação na elite do Baianão e, na quarta rodada, venceu o Bahia por 1 a 0. A equipe, no entanto, vem de derrota para o Atlético de Alagoinhas e ocupa, agora, a sétima colocação do certame, com seis pontos.
“É um jogo difícilimo. O Vitória não vem passando por uma fase boa, mas é o Vitória. Sempre será uma força do estado e do Brasil. Na minha concepção, será difícil. Estamos brigando na tabela. Em virtude da derrota, entramos na briga para não cair, mas vamos procurar dificultar e surpreender. Por que não? Mas o favoritismo é todo do Vitória e a obrigação de vencer é deles”, afirmou o técnico Paulo Sales, em entrevista ao Bahia Notícias.
FICHA TÉCNICA Vitória x Jacobinense Campeonato Baiano - 6ª rodada Local: Barradão, em Salvador Data: 02/02/2023 (quinta-feira) Horário: 19h15 Árbitro: Wagner Francisco Silva Souza Assistentes: Luanderson Lima dos Santos e Daniella Coutinho Pinto Quarto árbitro: Marcelo Jesus dos Santos.
Vitória: Dalton; Railan, Dankler, Camutanga e Zeca; Rodrigo Andrade, Gegê (Charlys) e Diego Torres; Osvaldo, Nicolás Dibble (Rafinha) e Léo Gamalho (Tréllez). Técnico: João Burse.
Jacobinense: Giovani; Miqueias, Gabriel Santiago, Felipe Gomes e Caíque; Ninho Xavier, Guga e Marion (Renato Pitbull); Pedro Neto, Jones (Júnior Bahia) e Kel Baiano. Técnico: Paulo Sales.
Vitória finaliza preparação para enfrentar o Jacobinense no Barradão.
O Vitória está pronto para enfrentar o Jacobinense, nesta quinta-feira (2), às 19h15, no Barradão, pela sexta rodada do Campeonato Baiano. O time comandado por João Burse realizou, na tarde desta quarta (1º), seu último treino antes do confronto.
No palco do jogo, Burse movimentou os jogadores para fazer os retoques finais. Ele não terá à disposição o volante Léo Gomes, suspenso após três cartões amarelos.
O treinador ajustou, nesta quarta, a parte tática defensiva e ofensiva e a bola parada da mesma forma. Depois, alguns jogadores afinaram a pontaria cobrando pênaltis. As atividades foram encerradas com um recreativo. Com dois gols de Zeca e outro de Ruan Nascimento, o time com colete venceu por 3 a 0.
Os jogadores que não participaram dos treinos comandados por Joao Burse realizaram uma atividade técnica à parte na área externa do campo do Barradão com orientação de Vinícius Franco, assistente da preparação física.
O Vitória é o oitavo colocado do Campeonato Baiano, com quatro pontos conquistados em cinco rodadas.
Fabíola defende possível candidatura de Aline Peixoto ao TCM: “Precisamos ter mulheres em espaços de poder”
Foto: Leonardo Almeida / Bahia Notícias.
A deputada estadual Fabíola Mansur (PSB) defendeu, em entrevista ao BN no Ar desta terça-feira (31), uma possível candidatura da ex-primeira-dama Aline Peixoto à cadeira vaga no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Para a parlamentar, a resistência ao nome da esposa do ex-governador Rui Costa (PT) tem relação com o fato dela ser mulher.
“Qualquer candidatura é absolutamente legítima, inclusive a da ex-primeira-dama Aline Peixoto. Toda vez que há uma candidatura de mulher, tem sempre um monte de coisa contra. Na verdade, as pessoas deveriam colocar seus currículos, fazer suas propostas. Ser conselheiro é uma coisa séria”, defendeu a deputada.
Fabíola afirmou que nem Rui nem Aline a procuraram para debater o assunto, mas disse que todos os postulantes à cadeira no TCM têm currículo para ocuparem o posto.
“Não há nenhuma mulher conselheira. Isso é uma coisa estranha. O ex-governador Rui Costa nunca falou sobre o tema comigo. A ex-primeira-dama nunca falou sobre o tema comigo. Ao contrário: Fabrício tocou no assunto comigo, mas naquela época eu também era candidata. Fabrício, Alex, Marcelo Nilo, todos têm currículo suficiente para se colocar candidatos se assim o quiserem. E a Assembleia será soberana para discutir o melhor dialogando”, avaliou Fabíola.
A parlamentar também disse não ver problema com o fato de Aline Peixoto ter relações familiares com uma liderança política do estado e voltou a relacionar a rejeição ao nome da enfermeira ao fato dela ser mulher.
“O que eu acho muito interessante é que apenas a ex-primeira-dama, a única mulher que supostamente é candidata, está recebendo essas críticas todas. Por que é familiar? Quantos nós temos filhos, irmãs, esposas de deputados eleitos e ninguém fala nada. Qual é o problema? Nós precisamos ter mulheres em espaços de poder”, exclamou Fabíola.
Por fim, a deputada deixou claro que, se Aline for mesmo candidata à cadeira vaga no TCM, a enfermeira poderá contar com o apoio dela.
“Aline, a ex-primeira-dama, é sim uma boa candidata. E por que não? Fabrício é um bom candidato, Marcelo Nilo também, com toda a sua experiência. Mas não pode ter esse foco negativo em cima da única mulher. E, se assim ocorrer, serei uma defensora dessa candidatura, porque eu não posso trair aquilo que eu acredito”, concluiu.
Wagner Francisco Silva Souza apitará duelo entre Vitória e Jacobinense nesta quinta.
Foto: Nuno Krause / Bahia Notícias.
O duelo entre Vitória e Jacobinense, marcado para esta quinta-feira (2), às 19h15, no Barradão, pela sexta rodada do Campeonato Baiano, terá a arbitragem de Wagner Francisco Silva Souza. O nome foi sorteado nesta segunda-feira (30) pela Federação Bahiana de Futebol (FBF).
Wagner será auxiliado por Luanderson Lima dos Santos e Daniella Coutinho Pinto. O quarto árbitro será Marcelo Jesus dos Santos. Todos são filiados à Bahia.
Em busca de recuperação, o Vitória é o oitavo colocado do estadual, com quatro pontos, enquanto o Jacobinense é o sétimo, com seis.
Vitória abre venda de ingressos para duelo contra o Jacobinense pelo Campeonato Baiano.
Foto: Enaldo Pinto / Ag. Haack / Bahia Notícias.
O Vitória abriu, nesta terça-feira (31), a venda de ingressos para o jogo contra o Jacobinense, que acontece na próxima quinta-feira (2), às 19h15, no Barradão. O duelo é válido pela 6ª rodada do Campeonato Baiano.
A bilhetagem ocorre tanto de forma online como nos postos físicos. A venda foi estão disponíveis nos Salvador Shopping, Norte Shopping e Shopping Capemi. Na quinta-feira, as bilheterias do estádio funcionarão a partir das 13h.
A arquibancada terá preço de R$ 80,00 a inteira e R$ 40,00 a meia - mesmos valores para a torcida visitante. Já a cadeira sairá por R$ 120,00 a inteira e R$ 60,00 a meia.
O sócio Sou Mais Vitória (Bronze) pagará R$ 56,00 para arquibancada e R$ 84,00 para cadeira.
Crianças com até 12 anos terão acesso gratuito, desde que apresentem documentação e estejam acompanhadas pelo responsável.
Confira os horários e locais de venda:
On-line (www.futebolcard.com) Terça e quarta-feira: 24 horas; quinta-feira: até às 18h15.
Salvador Shopping (Loja Oficial) Terça-feira: das 12h às 21h Quarta-feira: das 12h às 21h.
Norte Shopping (Loja Oficial) Terça-feira: das 12h às 21h Quarta-feira: das 12h às 21h.
Shopping Capemi (Loja do Leão) Terça-feira: das 12h às 18h Quarta-feira: das 9h às 18h.
Barradão (bilheterias) Quinta-feira: a partir das 13h.
Com Léo Gamalho, mas sem os titulares, Vitória treina de olho na partida contra o Jacobinense.
O Vitória deu sequência à preparação para o compromisso diante do Jacobinense, pela sexta rodada do Campeonato Baiano. O técnico João Burse comandou um treino coletivo na manhã desta terça-feira (31) com os jogadores reservas. A novidade ficou por conta da presença do atacante Léo Gamalho, que se recupera de um ferimento no antebraço. Os titulares seguiram no protocolo de recovery e completaram com voltas em torno do campo.
Burse comandou o coletivo com os reservas e uma equipe mesclada com garotos da divisão de base. Durante a atividade, a comissão técnica e o departamento médico estiveram de olho em Léo Gamalho. Os jogadores ainda aprimoraram a pontaria, com cruzamentos e finalização dos atacantes e meias.
O elenco do Leão fará mais outro treinamento na tarde desta quarta (1º) antes de finalizar a preparação para o duelo diante do Azulão do Sertão e seguir para a concentração na chácara Vidigal Guimarães.
Vitória e Jacobinense se enfrentam nesta quinta (2), às 19h15, no Barradão. O Leão é o oitavo colocado com quatro pontos, mas corre o risco de voltar para a zona de rebaixamento, caso o Bahia de Feira, que é o nono com três, vença a Juazeirense, na noite desta terça, no encerramento da quinta jornada. Com seis, o Azulão do Sertão ocupa o sétimo lugar.
Médico do Vitória detalha acidente sofrido por Léo Gamalho; atacante pode voltar contra o Jacobinense.
Por causa de um ferimento no antebraço, o atacante Léo Gamalho vem desfalcando o Vitória deste a partida contra o Doce Mel, pela quarta rodada do Campeonato Baiano. Na manhã desta terça-feira (31), o médico Marcelo Cortes concedeu entrevista coletiva e explicou detalhes do acidente. Segundo ele, o jogador esbarrou num objeto de barreira física e precisou passar por uma pequena cirurgia.
"Ele teve um ferimento no antebraço durante o treinamento. Fizemos uma intervenção cirúrgica nele. Imediatamente levamos para o hospital e fizemos uma pequena cirurgia para reparação e saber as estruturas lesionadas, já que foi profundo. A gente percebeu que foi profundo, não envolveu o nervo, apesar de ter sido localizado em cima dele, um nervo importante do antebraço, mas não houve nenhuma lesão grave", contou. "Sem sombra de dúvida foi uma preocupação do departamento médico com a diretoria. Onde Léo se feriu foi um objeto de barreira física, onde se esbarrou e terminou se machucando. Já está sendo passado para a diretoria para fazer a troca dessas barreiras por barreiras móveis, com bonecos infláveis com peso embaixo para diminuir o risco e não voltar a acontecer com outro atleta", explicou.
Com uma proteção no local, Léo Gamalho já voltou a treinar. Marcelo Cortes sinalizou a possibilidade do centroavante ficar à disposição do técnico João Burse para o próximo jogo contra o Jacobinense na quarta (2), pelo estadual.
"Quanto ao retorno dele, precisou, como foi em campo, o risco de infecção era muito grande. Precisamos mantê-lo com antibiótico para diminuir o risco de infecção. A volta dele está condicionada à melhora clínica total da lesão. Como está muito sintomático, com dor no local, o edema é relevante. Estamos condicionando do ponto de vista físico e introduzindo aos poucos nos treinamentos. Ele tem nos dado boas respostas, de forma que a participação dele no jogo contra o Jacobinense é uma possibilidade. Mas depende de uma série de fatores que envolvem inclusive a segurança do atleta. Estamos fazendo o possível para que possa ser aproveitado nos dois próximos jogos", afirmou.
Sem Léo Gamalho, o técnico João Burse tem usado o atacante colombiano Santiago Tréllez no time titular.
O Vitória recebe o Jacobinense a partir das 19h15, no Barradão, pela sexta rodada do Baianão. O Leão ocupa o oitavo lugar na tabela de classificação com quatro pontos, mas corre o risco de voltar para a zona de rebaixamento, caso o Bahia de Feira vença a Juazeirense, na noite desta terça, no encerramento da quinta jornada.
Após "pedir um tempo", Gustavo Blanco tem rescisão do contrato com o Vitória publicada no BID.
O meio-campista Gustavo Blanco não é mais jogador do Vitória. A rescisão de contrato do atleta, de 28 anos, com o clube baiano foi publicada no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF nesta segunda-feira (30).
Foto: Reprodução / CBF.
Na última terça (24), o Bahia Notícias apurou que Gustavo Blanco havia pedido "um tempo" após faltar a alguns treinos do Leão . Desde o ano passado, o meia cogitava pendurar as chuteiras, por causa das sucessivas lesões nos últimos anos. Ele chegou ao Rubro-Negro em 2022 emprestado pelo Atlético-MG, mas não conseguiu entrar em campo. Neste ano, ele jogou apenas na derrota para a Juazeirense por 3 a 1, em 18 de janeiro, quando saiu do banco de reservas para entrar no lugar de Eduardo. Três dias depois, ele chegou a ser relacionado para a estreia do time na Copa do Nordeste, mas não chegou a ser acionado no empate em 1 a 1 com o Santa Cruz.
Revelado pelo Bahia, Gustavo Blanco também jogou no América-MG, Goiás, Fortaleza e Londrina.
Visibilidade trans de janeiro a janeiro.
29 de Janeiro é o dia da visibilidade trans no Brasil. Nesta data no ano de 2004, um grupo de pessoas trans (mulheres trans, homens trans e travestis) ocuparam o Congresso Nacional para participar do lançamento da campanha “Travesti e respeito”. Tornando-se um marco na luta em defesa, garantia de direitos e enfrentamento à transfobia no nosso país. Desde então, o movimento social de pessoas trans vem se fortalecendo e conquistando mais espaço, se articulando politicamente e produzindo resistências em todas as frentes de lutas sociais.
Porém, ainda há muito o que ser feito coletivamente para mudar os rumos da realidade na qual fomos inserides. E, por esse motivo, é preciso apontar a estrutura transfóbica e cis-heteronormativa que historicamente é responsável por nos desumanizar, excluir, violentar e exterminar cotidianamente. Os dados estatísticos apresentados nos dossiês de violência contra população trans, produzidos anualmente pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), trazem à tona de maneira bem sistemática e assustadora todas as violações de direitos direcionadas contra nós. Além disso, existe uma série de epistemologias produzidas por nós, pessoas trans, e pessoas cisaliadas dentro e fora das academias e em diversas esferas sociais no intuito de levar o conhecimento acerca da transgeneridade, na tentativa de colaborar para o entendimento da necessidade de uma urgente desconstrução coletiva. O Brasil segue naturalizando um processo de marginalização e precarização para a aniquilação das nossas vidas. Nos matam para manutenção diária de um sistema que se alimenta de desigualdades. E o ciclo dessa violência nos afeta de tal modo que nem a morte é o ponto final de uma série de violações.
Não compactuem com a manutenção dessa prática perversa que muitas vezes acaba sendo reforçada pela própria mídia numa perspectiva sensacionalista e transfóbica de contar e levar à grande massa de espectadores apenas narrativas de morte, marginalidade, dor e sofrimento. Não é esse o tipo de visibilidade que buscamos enquanto movimento de pessoas trans. É preciso refletir sobre qual é o interesse por traz dessa visibilidade apenas em janeiro. Não existimos no restante dos 365 dias? Nossas existências são plurais, seguimos produzindo vida, produzindo ciência, produzindo cultura, produzindo resistência, produzindo política, ocupando os espaços com nossas potencialidades. Nesse sentido, convoco todas as pessoas cisgêneras a responsabilidade de construir novas narrativas sobre nós, narrativas que destaquem nossa humanidade, nossa beleza, nossa intelectualidade, nossa força, nossa capacidade de lutar pelos nossos sonhos e ideais mesmo diante de uma sociedade que insiste em nos matar.
O caminho apontado aqui só poderá ser trilhado através da produção dessa humanização. É preciso humanizar as existências trans não apenas na teoria, mas sobretudo na prática do dia a dia, dentro da política, da saúde, da educação, da cultura, da mídia, do judiciário. Humanizar é reconhecer a negligência e omissão do Estado brasileiro que ainda não garante a proteção e preservação das nossas vidas. Humanizar é reconhecer a urgência de cotas para pessoas trans em todos os setores, entendendo que esse é um dos mecanismos de reparação histórica, mas não o único. Humanizar é reconhecer seus privilégios cisgêneros e ser pessoas aliadas na luta pelo enfrentamento e combate à transfobia. Humanizar é entender a importância de se discutir questões de gênero e sexualidade na educação, pois ela é uma das principais ferramentas transinclusivas. Humanizar é se apropriar do conhecimento necessário para compreender nossas pautas. Humanizar é aprender que todas as pessoas têm identidades de gênero e que ser trans ou cis é apenas mais uma possibilidade de ser e estar no mundo, reconhecendo essa diversidade como parte fundamental para o nosso progresso enquanto nação.
Não existe democracia sem pluralidade, assim como não pode existir humanidade sem a presença trans. É exatamente por isso que precisaremos juntes, reconstruir o conceito de humanidade. Para isso, começaremos ao passo que formos construindo no imaginário social , a humanidade dos homens trans, mulheres trans, das travestis, das pessoas não binárias, das pessoas transmasculinas e de tantas outras possibilidades de ser gente que nem precisarão ser nomeadas.
Ao passo que o exercício de humanização das nossas vidas se torne uma prática coletiva e comprometida, conseguiremos desconstruir uma série de preconceitos, estigmas e práticas de violências. Desse modo, celebraremos nossas conquistas de janeiro a janeiro, dando visibilidade ao que realmente importa, pessoas trans vivas, visíveis, empregadas, constituindo suas famílias, sendo amadas, acolhidas e inseridas nos espaços da maneira que desejarem. Por 365 dias de visibilidade trans com afeto, dignidade, respeito, segurança e equidade.
*Bruno Santana é licenciado em Educação Física pela UEFS, Pós-Graduado em Gênero, Diversidade e Direitos Humanos pela (UNILAB)
*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias.